Existe um tipo de presença que entra na nossa vida como um furacão. Chega sem aviso, bagunça tudo, reacende emoções esquecidas, provoca sorrisos bobos e desperta sonhos que pareciam adormecidos. Essa pessoa faz você sentir tudo — intensamente, de verdade, como há muito tempo não sentia. Mas, de repente, quando você começa a se acostumar com essa nova frequência de sentimentos, ela some. Some como se nada tivesse acontecido. E o que fica? Um vazio difícil de explicar.
Infelizmente, esse padrão de comportamento tem se tornado cada vez mais comum nas relações modernas. Pessoas que se aproximam cheias de intensidade, criam laços profundos em pouco tempo, demonstram interesse, fazem promessas — e depois desaparecem. Não dão satisfação, não dizem adeus. Apenas somem.
A primeira reação de quem fica é tentar entender. O que eu fiz de errado? Será que falei algo que ofendeu? Será que fui intenso(a) demais? E essa autoinvestigação pode facilmente virar autossabotagem. A verdade, no entanto, é que muitas vezes o problema não está em quem sente, mas em quem não sabe lidar com o que provoca no outro.
A responsabilidade emocional existe
Fazer alguém sentir não é algo pequeno. É mexer com emoções reais, abrir portas que estavam fechadas, às vezes trancadas por proteção. Quem faz isso deveria entender o peso da sua presença na vida do outro. É por isso que responsabilidade emocional não é só sobre ser sincero — é sobre ter consciência do impacto que se causa.
Quem some sem explicações deixa mais do que saudade: deixa insegurança, dúvida, dor. Quem permanece, por mais forte que seja, precisa de tempo para se reconstruir e entender que nem sempre é culpa sua o desaparecimento do outro. É preciso lembrar que reciprocidade não é exigência — é escolha. E algumas pessoas simplesmente não estão dispostas a oferecer.
O ciclo da idealização
Em muitos casos, o que dói mais não é nem a ausência em si, mas o que ela representava. Quando alguém nos faz sentir tudo, rapidamente criamos projeções, expectativas, planos. É natural — somos humanos, e idealizar é parte do processo de se apaixonar. O problema é quando idealizamos demais alguém que nunca mostrou, de fato, consistência.
Essa idealização cria um apego ao que poderia ter sido. E é aí que mora o perigo: você começa a lutar por algo que nem chegou a existir de forma sólida. Fica tentando recuperar um sentimento, uma conexão, uma presença que, na prática, só você sustentava.
Aprenda a observar os sinais
Nem sempre é fácil identificar quando alguém está apenas "brincando" com sentimentos. Mas, aos poucos, certos padrões surgem:
A pessoa aparece sempre quando quer, e some sem motivo claro;
Demonstrações de afeto são intensas, mas inconsistentes;
Promessas são feitas, mas raramente cumpridas;
Há pouca disposição para conversar sobre o que vocês estão construindo;
O discurso não combina com as atitudes.
Esses sinais não devem ser ignorados. Eles mostram que a pessoa pode estar mais interessada na emoção passageira do que em construir algo verdadeiro.
Você merece constância
O amor não precisa ser uma montanha-russa emocional para ser real. O amor de verdade não te confunde, não some, não te faz duvidar do seu valor. Ele é tranquilo, constante, seguro. Você não precisa implorar por atenção, nem mendigar carinho.
Se alguém te fez sentir tudo e depois sumiu, talvez a melhor resposta seja não correr atrás, mas olhar pra dentro. O que te fez se envolver com essa pessoa? O que você precisa curar para não cair mais nesse tipo de conexão? Que tipo de amor você deseja daqui pra frente?
A dor do abandono pode ser um convite à reconstrução. Um lembrete de que você merece mais do que migalhas emocionais. Você merece alguém que fique. Que não só te faça sentir tudo — mas que esteja lá para viver esse tudo com você, dia após dia. Sugar daddy
Conclusão: Ame, mas se preserve
É bonito sentir. É lindo se entregar. Mas também é essencial se proteger. Da próxima vez que alguém surgir te prometendo o mundo em poucos dias, respire fundo. Observe mais. Não tenha medo de sentir, mas não se esqueça de quem você é sem essa pessoa. Porque no fim das contas, o que te mantém de pé não é quem vem e vai… mas quem permanece — mesmo quando o encanto inicial se dissipa.
E você, está rodeado(a) de quem permanece ou de quem apenas faz barulho antes de sumir? Cuidado com quem te faz sentir tudo… e depois desaparece. Isso não é amor. É egoísmo travestido de intensidade
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