Há coisas que o futebol não explica. O Santa Fe teve todos os motivos para vencer a partida no Maracanã. Teve mais finalizações, mais posse de bola, mais chances criadas. Porém, vence quem coloca a bola na rede. E como diz o hino: vence o Fluminense. Na talvez pior atuação tricolor nesta Libertadores, pesou a precisão para vencer os colombianos por 2 a 1 e ficar perto de uma vaga nas oitavas de final da Libertadores.
A vitória leva o Fluminense a oito pontos, dois a mais que o River Plate, segundo colocado, e cinco a mais que o Junior Barranquilla, terceiro. Se vencer o Junior na próxima rodada, no Maracanã, estará matematicamente classificado com uma rodada de antecedência. Cenário animador e favorável após um jogo muito complicado.
Não é exagero dizer que o Santa Fe poderia ter ido para o intervalo vencendo. E vencendo bem. Isso só não aconteceu pelas boas defesas de Marcos Felipe e pela falta de pontaria dos atacantes adversários, que desperdiçaram duas chances claras. Apático, o Fluminense via os colombianos jogarem.
O gol estava maduro e saiu no início do segundo tempo após contra-ataque puxado pelo Santa Fe. Gonzalez entrou entre os zagueiros tricolores e bateu com categoria.
Então, o sobrenatural do futebol entrou em cena. Logo na saída de bola, veio o empate do Fluminense. Jogada individual de Kayky, que viu Fred livre na área para marcar e se tornar o terceiro maior artilheiro brasileiro da história da Libertadores.
Minutos depois, Roger Machado tirou um apagado Nenê e deu lugar para o iluminado Juan Cazares, que achou um passe incrível para Caio Paulista entrar livre e virar. Assim, jogando mal e encontrando dois lances magistrais, a vitória veio para o lado tricolor.
Dizem que na Libertadores não se joga, se ganha. E o Fluminense levou isso à risca.
PORTAL SBN