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Como todos os lugares do mundo, Teixeira de Freitas também sempre teve os seus cidadãos “especiais”, cidadãos que se destacaram, ou, se destacam por peculiaridades. Mas, um que muitos gostariam de esquecer é o Bozó. Ele nasceu ali pelas bandas de Massaranduba e veio bem pequeno para o então povoado.
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Logo nos primeiros anos de escola, nenhum colega queria se sentar ao seu lado. O seu suor era uma fedentina só. A mãe, alertada pelas narinas, começou a untar o menino com óleo de colônia, leite de rosas, alfazema e outros perfumes baratos (era muito pobre), mas, não adiantava muito. Outro problema era quando abria a boca. Vinha lá de dentro uma nuvem de fedor que parecia a própria privada do inferno.
Alertado por amigos fiéis, ele passou a tomas três banhos por dia, escovar os dentes a toda a hora, botar polvilho Granado nos pés, besuntar as roupas de talco e passear sempre com um borrifo de perfume no pescoço. Não deu jeito.
A agonia do Bozó tinha muito a ver com suas carências afetivas. Não era feio. Mas, quando procurava uma namorada, no primeiro contato ela franzia a testa, tapava o nariz e dava o fora. Uma delas foi dividir o refrigerante com ele e Bozó experimentou primeiro. Aí, depois de beber uns goles perguntou à moça: O que é isso?. Ela provou e disse categoricamente: “Cocô”. Ele, envergonhado, se mandou.
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Um dia, porém, Bozó apareceu com uma namorada, até bem ‘apanhadinha’, de rosto bem feito, magra e sempre sorridente. Todo mundo morria de pena da menina, ciente de que teria que sofrer muito se quisesse se casar com ele.
Marcaram o noivado. Uma turma de ex-colegas, talvez, para fazer uma gozação com ele, mandou um kit de perfumes como presente. A moça recebeu o pacote, abriu, olhou por um longo tempo, deu nos ombros e deixou de lado. De nada lhe serviria mesmo. Seu olfato não funcionava. Não sentia cheiro nenhum. Está explicado.
