Por: Daniel Junqueira
A Lenovo anunciou que lançará no Brasil o primeiro smartphone de sua marca própria, o Vibe A7010. O dispositivo começa a ser vendido até o fim da semana que vem por R$ 1.299 e tem como destaque o leitor de digitais – é o mais barato do mercado brasileiro com o recurso – e o sistema de áudio Dolby Atmos.
O Lenovo Vibe A7010 tem um processador octa-core de 64 bits, o MediaTek MT6753T de 1,3 GHz, mais 2 GB de RAM e 32 GB de armazenamento expansível via microSD.
Ele tem tela LCD de 5,5 polegadas com resolução Full-HD e 401 pixels por polegada. A câmera traseira tem 13 megapixels, e a frontal vem com 5 megapixels – ambas têm alguns truquezinhos de software que mencionaremos mais adiante. Ele tem entrada para dois chips SIM e conectividade 4G e a bateria é de 3.300 mAh.
Por R$ 1.299, ele é o smartphone mais barato do mercado brasileiro com leitor de impressões digitais. Ele fica abaixo da câmera traseira, na mesma posição em que os novos Nexus receberam o sensor biométrico.
A Lenovo deu bastante destaque para o sistema de som do Vibe A7010. Ele tem três microfones para eliminação de ruídos e o codec Wolfson, que promete melhorar a qualidade de áudio em conversas. E o Vibe também vem com o sistema de som surround Dolby Atmos. Falamos sobre ele no passado, e é a primeira vez que ele aparece em um smartphone. O dispositivo tem dois alto-falantes frontais e o som fica consideravelmente melhor com o Atmos ativado.
Em relação ao design, o Vibe A7010 tem a traseira levemente curvada – mais ou menos como a linha Moto, mas não igual. A traseira é de plástico e removível: é bem fácil soltá-la, assim como colocá-la novamente. Isso é uma ótima notícia, considerando que alguns dispositivos que deixam o usuário trocar a parte traseira não facilitam muito na hora de removê-la.
A bateria, no entanto, não pode ser tirada: ela fica presa pelo leitor de digitais e vem com um aviso na parte inferior para que o usuário não a retire do lugar. O manual de instruções é um tanto agressivo em relação a isso: ele diz que se o usuário tirar a bateria por conta própria, ele perde a garantia. Ele sugere que, se quiser por algum motivo mexer na bateria, é melhor levar a uma assistência técnica. Então a bateria até é removível, mas a Lenovo aconselha que o usuário não faça isso sozinho.
Em relação ao software, o Vibe A7010 sai de fábrica com o Android 5.1 Lollipop com algumas modificações feitas pela Lenovo. É um Android menos puro do que o da Motorola – ele tem mais alterações em apps e ícones padrões, por exemplo, mas no geral é bem o Android do Google.
Alguns truquezinhos de software foram adicionados: na câmera frontal, por exemplo, você pode fazer um V com os dedos (o símbolo do “paz e amor”) para ativar o timer para uma selfie. Também é possível dar uma tratada nas fotos que você tira para deixar seu rosto mais bonito (ou menos feio).
A Lenovo também promete uma integração maior entre o sensor biométrico e o Android, podendo configurá-lo para realizar algumas tarefas de usabilidade no dispositivo. Não cheguei a testar isso a fundo ainda, mas vi rapidamente como funciona a configuração das digitais. Você pode cadastrar até dois dos seus dedos e, se posicioná-los no leitor de digitais, eles conseguem desbloquear a tela mesmo que ela esteja apagada.
No papel, o Lenovo Vibe A7010 é um smartphone bastante interessante: suas especificações técnicas são boas, ele tem recursos encontrados apenas em dispositivos premium como o leitor de digitais e um preço não tão surreal quanto o dos smartphones top de linha. Estamos com um aparelho para testes e, em breve, falaremos se ele vale o preço.