Em carta aberta, profissionais citam uma série de medidas que podem ser tomadas pelos países diante das novas variantes do coronavírus
Cientistas de vários países publicaram uma carta aberta no última segunda-feira, 3, na revista científica British Medical Journal demonstrando preocupação com relação a estratégias de saúde pública aplicadas por alguns países no enfrentamento da covid-19.
Segundo os profissionais, uma abordagem baseada apenas na vacinação em massa não é suficiente para conter a pandemia, uma vez que as vacinas aplicadas hoje foram desenvolvidas com base na cepa original do coronavírus, portanto, antes do surgimento de novas variantes.
“Comparada à Delta, a Ômicron tem muito mais probabilidade de infectar aqueles que foram vacinados ou expostos a variantes anteriores da SARS-CoV-2, sugerindo escape imunológico significativo”, informa o texto.
Por isso, os cientistas fazem um apelo global para que uma combinação de ações, além da aplicação de vacinas, seja seguida a fim de retardar o surgimento de novas cepas e interromper o ciclo de transmissão, sem afetar negativamente a atividade econômica ou social do planeta. A carta lista uma série de medidas que os países devem seguir, como:
A carta finaliza citando a declaração do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, dada em dezembro de 2021:
“Preciso ser muito claro: as vacinas por si só não tirarão nenhum país desta crise. Os países podem e devem evitar a disseminação da Ômicron com medidas que funcionam hoje. Não são vacinas em vez de máscaras, não são vacinas em vez de distanciamento, não são vacinas em vez de ventilação ou higiene das mãos. Faça tudo. Faça isso de forma consistente. Faça isso bem”.