Por: Urbino Brito
Eunápolis (17/06) - O atentado contra o ex-presidente Donald Trump, ocorrido há dois dias, marcou o 11º ataque na história dos Estados Unidos contra presidentes e ex-presidentes desde 1835. Entre esses atentados, quatro resultaram na morte do alvo, ressaltando a vulnerabilidade dos líderes mesmo em tempos de paz.
O primeiro atentado registrado aconteceu em 1835, quando Richard Lawrence tentou assassinar o presidente Andrew Jackson. Felizmente, as pistolas de Lawrence falharam, e Jackson sobreviveu.
Abraham Lincoln, o 16º presidente dos Estados Unidos, foi a primeira vítima fatal. Em 14 de abril de 1865, enquanto assistia a uma peça de teatro no Ford's Theatre em Washington, D.C., Lincoln foi atingido na nuca pelo ator e simpatizante confederado John Wilkes Booth. Lincoln morreu na manhã seguinte, marcando uma tragédia nacional logo após o fim da Guerra Civil Americana.
Outro assassinato chocante foi o de James A. Garfield, o 20º presidente, que foi baleado em 1881 por Charles J. Guiteau, um advogado insatisfeito. Garfield sofreu por semanas antes de sucumbir aos ferimentos, tornando-se o segundo presidente dos EUA a ser assassinado.
Em 1901, o presidente William McKinley foi baleado por Leon Czolgosz, um anarquista, durante uma visita à Exposição Pan-Americana em Buffalo, Nova York. McKinley morreu oito dias depois, consolidando-se como o terceiro presidente a ser assassinado.
O assassinato de John F. Kennedy, em 22 de novembro de 1963, é talvez o mais lembrado na história recente. Kennedy foi mortalmente ferido por tiros enquanto desfilava em um carro aberto pelas ruas de Dallas, Texas. O evento foi transmitido ao vivo pela televisão e abalou profundamente a nação. No Brasil, o então presidente João Goulart decretou três dias de luto oficial em solidariedade.
Além desses casos fatais, outros presidentes, como Theodore Roosevelt e Ronald Reagan, sobreviveram a tentativas de assassinato. Em 1981, Reagan foi baleado por John Hinckley Jr., mas se recuperou após uma cirurgia de emergência.
Esses incidentes sublinham os riscos enfrentados pelos líderes ao longo da história dos Estados Unidos. Mesmo com medidas de segurança cada vez mais rigorosas, a ameaça de violência política persiste, lembrando-nos da fragilidade e dos desafios da democracia.