Órgão americano que acompanha meteorologia espacial alertam para a chegada de tempestades solares à Terra nesta semana
Por: O Globo
Rio de Janeiro
Uma poderosa explosão solar vai criar um evento de blecaute de rádio de alta frequência na Terra , afirmam os meteorologistas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA). O evento será acompanhado por múltiplas erupções do Sol, que provocam alertas de tempestade geomagnética. Com isso, regiões do norte dos Estados Unidos podem ser iluminadas por auroras boreais nesta semana.
As explosões solares são erupções de radiação eletromagnética do Sol, e podem durar de minutos a horas. Esse fenômeno pode ser classificado em cinco categorias de acordo com a intensidade, cada uma designada por letras diferentes. O sinalizador da classe X é o mais forte e pode produzir energia equivalente a 1 bilhão de bombas atômicas, de acordo com a NASA.
Quais são os impactos de uma tempestade solar?
Normalmente, uma tempestade geomagnética não tem qualquer impacto para a população em geral. Os efeitos nas ondas de rádio podem impactar indústrias como as companhias aéreas e frequências de rádio amador.
Para o público, a tempestade solar pode gerar um fenômeno espetacular: a aurora boreal. O evento é uma consequência das partículas carregadas que colidem com a atmosfera da Terra. Estes shows de luzes são mais comuns nas regiões polares, mas as tempestades solares podem fazer com que o fenômeno apareça em regiões mais ao sul.
Tempestade solar provoca aurora boreal multicolorida em vários estados dos EUA
Neste caso, o Aurora Dashboard da NOAA — painel que faz previsões sobre aurora boreal — mostra a probabilidade de luzes fracas de aurora no norte dos Estados Unidos a partir da noite de quarta-feira.
Ainda segundo a previsão da NOAA, três ejeções de massa coronal (CME) podem atingir a Terra até esta quinta-feira. Essas ejeções podem ejetar bilhões de toneladas de material da atmosfera solar, que criam uma onda de choque no meio interplanetário.
Segundo o grupo de astronomia e astrofísica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as que chegam à Terra são chamadas de eventos de halo, porque criam uma espécie de ‘aréola’ ao redor do planeta.