Em tempos onde as redes sociais são quase uma extensão da vida real, é comum ver casais compartilhando declarações de amor, fotos românticas e momentos felizes. No entanto, há uma realidade em que muitas pessoas vivem, mas poucas têm coragem de expor o carinho que existe apenas na internet. Quando o parceiro é atencioso, afetuoso e apaixonado no Instagram, Facebook ou WhatsApp, mas distante, frio ou até indiferente na vida offline, acende-se um alerta importante.
Esse comportamento pode ser chamado de “afetividade performática”, onde o afeto é encenado publicamente para manter uma imagem idealizada da relação, enquanto, na intimidade, o vínculo emocional é negligenciado. Para quem está do outro lado, isso pode ser confuso e doloroso, pois cria uma sensação de amor ilusório.
Existem diversas razões para alguém agir de forma tão contraditória. Uma delas é a necessidade de validação social. Pessoas inseguras ou muito preocupadas com a opinião alheia podem usar as redes para provar — a si mesmas e ao mundo — que estão em um relacionamento perfeito. A imagem do “bom namorado” rende curtidas, elogios e reforça uma autoestima construída pela aceitação externa.
Outra explicação possível é o desejo de controlar a narrativa do relacionamento. Ao postar fotos e declarações românticas, ele cria uma versão pública que impede críticas ou cobranças. Afinal, quem ousaria questionar o amor de alguém que escreve “meu mundo” na legenda de uma selfie do casal?
Também há quem use o carinho online como uma forma de compensar falhas do relacionamento. Sabendo que não entrega afeto suficiente na vida real, tenta equilibrar com gestos simbólicos que, embora bonitos, não substituem o toque, o olhar e o cuidado diário.
Estar em uma relação onde o carinho é seletivo — exibido ao público, mas negado no privado — pode abalar profundamente a autoestima de quem vive isso. A pessoa começa a questionar se está exagerando, se é exigente demais ou se o problema é com ela. Pode até se sentir ingrata por não valorizar os “mimos” públicos, ignorando o fato de que amor verdadeiro não precisa de plateia para existir.
O mais perigoso é quando essa dinâmica se estende por muito tempo, criando um ciclo tóxico: a carência emocional aumenta, a esperança de que o comportamento vá mudar se renova a cada postagem carinhosa, e a frustração se repete no dia a dia.
Ele só demonstra afeto em postagens ou mensagens públicas, mas é distante pessoalmente.
Evita conversas profundas e momentos de intimidade real.
Usa as redes para pintar uma imagem de bom parceiro, mas não sustenta esse papel na rotina.
Você se sente constantemente carente, ignorado ou insuficiente fora do ambiente digital.
Quando você expressa seus sentimentos, ele minimiza ou te acusa de estar dramatizando.
A primeira atitude é conversar com sinceridade. Em vez de acusar, descreva como você se sente: explique que o carinho nas redes não compensa a ausência de afeto no convívio íntimo. Relacionamentos saudáveis se sustentam na autenticidade, não na aparência.
Se, mesmo após o diálogo, o comportamento não mudar e você continuar se sentindo negligenciado, talvez seja hora de refletir se essa relação está te fazendo bem. O amor precisa ser real, vivido no cotidiano, nos detalhes silenciosos, não apenas registrado em stories ou legendas de posts.
Relacionamentos felizes não são os mais postados, mas os mais sentidos. Carinho de verdade é aquele que se expressa quando ninguém está olhando — num abraço apertado depois de um dia difícil, num “como você está?” sincero, num gesto de cuidado que não precisa de curtidas. Sugar daddy
Se você está em um relacionamento onde o afeto é um espetáculo para os outros, mas não uma experiência para você, questione. Você merece mais do que um amor que existe apenas em pixels.
.gif)
