Desabamento Chocante! O Que Fez o Teto da "Igreja de Ouro" Cair? Peritos Buscam Respostas

Por: Comunicação VLV Advogados
07/02/2025 - 21:06:04

O desabamento parcial do teto da Igreja de São Francisco de Assis, conhecida como "Igreja de Ouro", no Centro Histórico de Salvador, trouxe à tona graves questionamentos sobre a conservação do patrimônio histórico no Brasil. O incidente, ocorrido em 5 de fevereiro de 2025, causou a morte da turista paulista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, e deixou outras cinco pessoas feridas. Agora, peritos trabalham para entender as causas do desmoronamento e se a tragédia poderia ter sido evitada. Além disso, o caso gerou uma onda de preocupação com outras igrejas e monumentos históricos que enfrentam problemas estruturais.

As Circunstâncias do Desabamento

A Igreja de São Francisco de Assis é um dos mais importantes exemplares do barroco brasileiro, com um interior ricamente decorado com talhas douradas e pinturas sacras. Construída entre os séculos XVII e XVIII, a edificação já apresentava sinais de desgaste estrutural, que haviam sido notados pelo frade Pedro Júnior Freitas da Silva, diretor da igreja. Dias antes do desabamento, ele percebeu uma dilatação no forro do teto e alertou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), solicitando uma vistoria técnica. No entanto, segundo relatos preliminares, o órgão não respondeu à solicitação a tempo.

O teto cedeu durante a tarde, quando o templo estava aberto à visitação. A queda da estrutura atingiu em cheio turistas e fiéis que estavam no local. A jovem Giulia Righetto não resistiu aos ferimentos, enquanto os demais feridos foram socorridos e levados a hospitais da região. O impacto da tragédia foi imediato, gerando grande comoção e exigindo respostas rápidas das autoridades responsáveis.  

Investigação e Busca por Responsáveis

Com a gravidade do acidente, a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar as causas do desabamento e apurar possíveis responsáveis. O Iphan, por sua vez, afirmou que a administração e a manutenção do templo são de responsabilidade da Ordem Primeira de São Francisco, proprietária da edificação. No entanto, a entidade religiosa declarou que havia um projeto de restauração em andamento e que aguardava apoio técnico e financeiro do poder público para viabilizar as obras necessárias.

A perícia agora busca determinar se houve negligência, seja por parte da administração da igreja, seja por parte do Iphan, e se o acidente poderia ter sido evitado com ações preventivas. Além disso, engenheiros especializados em restauração de patrimônio histórico analisam o impacto da umidade, do tempo e da ausência de reparos na estrutura do templo, fatores que podem ter acelerado a deterioração do teto.

O Descaso com o Patrimônio Histórico no Brasil

O desabamento da Igreja de Ouro reflete um problema crônico no Brasil: a falta de políticas eficazes para a preservação do patrimônio histórico. Muitas edificações tombadas pelo Iphan enfrentam dificuldades para conseguir verbas para restauração, ficando expostas a riscos estruturais e à deterioração natural. O país tem um vasto acervo arquitetônico e cultural, mas a manutenção desses espaços esbarra frequentemente em burocracia, falta de recursos e desinteresse das autoridades.

Além disso, o caso da Igreja de Ouro acendeu um alerta sobre outras construções históricas que podem estar em situação de risco. No Rio de Janeiro, a Igreja Primeiro de Março, localizada no centro da cidade, também enfrenta problemas estruturais semelhantes, com sinais evidentes de desgaste e risco de desabamento. A falta de fiscalização e investimentos contínuos agrava ainda mais o cenário, colocando em perigo tanto a preservação do patrimônio quanto a segurança dos visitantes e fiéis.

A Necessidade de Ações Urgentes

O episódio evidencia a urgência de medidas concretas para evitar novas tragédias, especialmente no que se refere à preservação do patrimônio histórico. Entre as ações necessárias, destacam-se a realização de vistorias frequentes em monumentos tombados, garantindo que problemas estruturais sejam identificados e corrigidos antes que se tornem riscos reais; a desburocratização dos processos de liberação de verba para restauração de igrejas e prédios históricos, permitindo que obras emergenciais sejam realizadas com mais agilidade; e o maior envolvimento do poder público na preservação do patrimônio, assegurando recursos contínuos e apoio técnico para edificações de grande valor histórico e cultural. Além disso, campanhas de conscientização são fundamentais para incentivar a sociedade a pressionar as autoridades e valorizar a importância da conservação desses monumentos, que fazem parte da identidade nacional.

Conforme o advogado Dr. João Valença, do VLV Advogados, a tragédia na Igreja de Ouro reforça a necessidade de uma responsabilidade compartilhada entre o poder público e as entidades responsáveis pela administração desses bens. “O artigo 216 da Constituição Federal estabelece que o patrimônio cultural brasileiro deve ser protegido pelo Estado, com a participação da comunidade. No entanto, na prática, vemos um grave problema de falta de fiscalização e investimentos, o que pode configurar omissão por parte do poder público. Caso seja comprovada negligência na manutenção ou na resposta a alertas prévios, tanto os gestores responsáveis pelo templo quanto o próprio Iphan podem ser responsabilizados civilmente”, afirma. Ele ainda destaca que a reparação de danos pode incluir indenizações às vítimas e suas famílias, além da necessidade de medidas preventivas para que novas tragédias sejam evitadas.

Conclusão

O desabamento da Igreja de Ouro não foi apenas uma tragédia isolada, mas um reflexo do descaso com o patrimônio histórico no Brasil. A perda de uma vida e os ferimentos causados a outras pessoas poderiam ter sido evitados se houvesse uma política mais eficiente de preservação e manutenção de edificações tombadas. Agora, a investigação em curso precisa apontar os responsáveis e, mais do que isso, servir como um alerta para que medidas urgentes sejam tomadas antes que outros templos e monumentos históricos sigam o mesmo destino. Preservar a história não é apenas um compromisso cultural, mas também uma questão de segurança e respeito à memória nacional.

João de Jesus, radialista e assessor de imprensa, além de jornalista, recém graduado pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. INSTAGRAM: @portaljesusmaccomunicao - https://www.instagram.com/portaljesusmaccomunicacao/ 

Com informações de publicações em diversos sites, como https://vlvadvogados.com/ e site de notícias de Macaúbas https://www.jesusmacomunicacao.com.br/

 

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