Por: Urbino Brito
Eunápolis (24/10) - A realidade dos contribuintes brasileiros é impactante: a cada ano, são necessários 147 dias de trabalho apenas para pagar os impostos que financiam o funcionamento da máquina pública. Dentro desse sistema, um dos exemplos mais emblemáticos de excessos é o Supremo Tribunal Federal (STF), onde a estrutura de apoio para cada ministro é gigantesca. Estima-se que cada um dos 11 ministros do STF conte com cerca de 200 funcionários, desempenhando funções que muitas vezes parecem desnecessárias, como um colaborador exclusivamente responsável por arrumar a toga do ministro e puxar sua cadeira para o mesmo sentar.
Além disso, os gastos com alimentação também chamam a atenção. Além disso, alimentam-se de cardápios luxuosos envolvendo lagostas e vinhos de alto padrão, com premiações internacionais, bancados com dinheiro público. Isso contrasta fortemente com a realidade da maioria dos brasileiros, que luta para manter o sustento da família em meio à alta carga tributária.
Diante desse cenário, a pergunta que surge é: é justo que o cidadão comum trabalhe como um "burro de carga" para sustentar tais regalias? Será que a estrutura pública realmente precisa de tantos recursos para funcionar ou estamos diante de uma distorção que favorece a elite do poder em detrimento da população?
A discrepância entre a vida cotidiana do cidadão médio e o nível de luxo em certas esferas do poder gera um profundo sentimento de revolta. Os impostos pagos com tanto esforço deveriam retornar à sociedade em forma de serviços eficientes, como saúde, educação e segurança, mas, em muitos casos, são canalizados para manter estruturas inchadas e privilégios que parecem distantes da realidade da maioria.
Essa situação convida a uma reflexão mais profunda sobre a necessidade de uma reforma administrativa que traga eficiência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos. Para muitos, o Brasil precisa de um modelo de Estado mais enxuto, que valorize o serviço público pela competência e dedicação, e não pelas mordomias.