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Ações baseadas em delações e documentos da Odebrecht
Por: ContraFatos
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu pela suspensão de cinco ações penais com base em provas documentais e na denúncia de executivos da Odebrecht, uma das empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.
A liminar expedida nesta segunda-feira, 13, beneficia seis réus, entre eles o ex-senador Edison Lobão, ministro de Minas e Energia do governo Dilma Rousseff (PT).
O filho e a nora do ex-ministro também foram beneficiados: Márcio Lobão é empresário e ex-presidente da Brasilcap, braço de planos de capitalização do Banco do Brasil, e Marta Martins Fadel Lobão é advogada.
Os outros três réus que tiveram as ações liminarmente suspensas por Lewandowski são Rodrigo Tacla Duran, advogado que trabalhou para a Odebrecht; Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear; e o empresário Jorge Theodocio Atherino da Silva.
As novas medidas de Lewandowski são extensões de uma decisão de 2021 em que o ministro invalidou provas de leniência da Odebrecht em relação ao presidente Lula.
Em uma das investigações, Lula foi acusado de receber R$ 12 milhões em propina da Odebrecht, valor que seria usado na compra de um terreno para a sede dos Institutos Lula.
As denúncias contra Lula na Lava Jato foram baseadas tanto no acordo quanto em cópias dos sistemas MyWebDayB e Drousys do chamado Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, ou seja, o setor de propina. As planilhas da Odebrecht teriam sido manipuladas.
Em fevereiro, Lewandowski bloqueou as três últimas ações penais da Lava Jato contra Lula, também pelo mesmo motivo – que as provas são inválidas. Em outra ação bloqueada pelo STF no mês passado, foram beneficiados o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e um dos diretores do Instituto Lula, Paulo Okamotto. As informações são da Revista Oeste.
