Por: Alinne Werneck
Manifestantes realizaram, neste quarta-feira (11), uma caminhada, no centro da cidade pelo Fim da Violência contra as Mulheres. A iniciativa foi do Grupo MDC (movimento das donas de casa).
Homens, mulheres e crianças vestiam camisetas da cor branca em um protesto que reuniu cerca de 3 mil manifestantes. Entre os participantes estavam as integrantes do movimento, participantes do grupo Eunápolis em foco, jornalistas, advogadas e representantes da sociedade civil.
“Acho que esta deve ser uma causa de todas as mulheres. Toda mulher nasceu para ser amada a respeitada”, afirmou Clécia Tavares.
De acordo com o grupo, “este não é um assunto apenas da vítima, mas é de todos nós que convivemos, e mais ainda, precisamos ‘meter a colher sim’, denunciando e encorajando as mulheres a denunciarem e a saírem do ciclo vicioso da violência”.
A motivação do evento foram os últimos acontecimentos relatados pela imprensa eunapolitana, envolvendo assédio sexual onde um radialista é acusado, agressão física envolvendo um ex prefeito, bem como a todo e qualquer tipo de abuso. O movimento foi terminantemente apolítico, onde seus organizadores não permitiram nem mesmo adesivos em alusão a candidatos a prefeito ou vereador.
“O intuito não é envolver politica neste momento, sabemos o que queremos, mas não creio que envolver candidatos ou apoiadores políticos seja o melhor caminho, embora a politica seja primordial em nossas vidas”. Disse a jornalista Alinne Werneck.
Clécia Tavares decidiu procurar ajuda policial e divulgação na imprensa de um relato aterrador onde teria sido assediada por um radialista. Também esteve presente Tatiane Holanda, que afirmou ter sido constamente humilhada enquanto trabalhou como secretária do lar na casa de um ex prefeito. Até que por fim, acusa um dos seus filhos de tentar ter relações sexuais com ela.
As mulheres de Eunápolis se levantaram contra o abuso, assédio e racismo, existente em nosso município.
