Por: Teoney Guerra
Pelo segundo ano consecutivo, a Praça do Centauro recebeu no fim-de-semana passado, a segunda edição do Encontro de Carros Antigos de Eunápolis, evento promovido pelo clube Louco por Antigos, que reúne donos de veículos antigos do município.
Como na edição anterior, o encontro permitiu, especialmente aos antigomobilistas e admiradores dos modelos automobilísticos mais antigos, reviver uma parte da história do automóvel no nosso país, especialmente as décadas de 1960, 70 e 80. Época de veículos enormes, com engrenagens mecânicas, dotados de baixa tecnologia.
Mais uma vez, o Ford F-1, uma caminhonete fabricada no ano de 1949,foi o carro mais antigo exposto. Porém, chamou muito a atenção dos visitantes, uma Ford Belina ano 1977, com placa de Amargosa, que exibiu Certificado de Originalidade expedido pela Confederação Brasileira de Veículos Antigos, “por suas características originais”, que, de acordo com o que a reportagem conseguiu apurar, são 87%.
Os fuscas e os opalas foram os modelos que tiveram mais exemplares expostos, nas diversas versões lançadas ano após ano. Foram 12 fuscas e 11 opalas. Sem dúvida, os automóveis mais populares e mais requisitados por colecionadores do nosso país.
Chamou a atenção da reportagem, a exposição de oito veículos placas pretas: de colecionadores, entre os 75 modelos antigos expostos na segunda edição do encontro de carros antigos de Eunápolis.
Um Ford Landau 1983, cujo consumo é, em média, de 4,4 quilômetros por litro de gasolina, suscitou muitos comentários sobre um tempo em que os automóveis eram movidos – exclusivamente - a gasolina e tinham um alto consumo, o que, entretanto, não preocupava aos seus donos. Tempos também de veículos grandes: compridos e largos, o que não era problema em um país com um percentual baixo de carros por habitantes, e por isso, estacionar um veículo, mesmo nas grandes cidades, não era problema.
Cada modelo suscitava comentários, memória de tempos que eram lembrados e relembrados pelos mais velhos.
Ficou também claro, o sucesso desse evento como atrativo para visitantes, e, com eles, mais patrocinadores e inúmeros pequenos negócios instalados em barracas ou trailleres, que venderam desde bebidas e salgados, a sanduiches, miniaturas de carros, lembranças, brinquedos, roupas, artigos de decoração e peças de artesanato. Tornando o evento “um grande sucesso, mais uma vez”, como definiu o antigomodesista e dirigente do Louco por Antigos, Marcus Gontijo.