Pandemia escancara déficit educacional no país
Por: Rodolfo Milone
Todos os anos o assunto é o mesmo, o Brasil está melhorando ou piorando o ensino educacional?. O tema é sempre abordado, mas não é possível ver nenhum avanço real. Com a pandemia batendo nas portas de todos os brasileiros, o déficit educacional no país está escancarado.
Desde o mês de março, todos os alunos da rede pública e privada não estão frequentando mais as aulas presencialmente. Isso trás um impacto significativo, pois milhares de alunos não conseguem ter acesso ao estudo. De acordo com a Tecnologia da Informação e Comunicação(TIC), por volta de 39% dos estudantes de escolas públicas urbanas não têm computador ou tablet em casa.
Esses dados apontam o problema na formação do aluno, que já não é boa em condições normais. Os países mais desenvolvidos ao redor do mundo tem algo em comum, todos têm um alto investimento em pesquisa científica e na tecnologia em ensinos fundamentais. Tal afirmativa é uma antítese para o nosso país, porque alguns estados ficam enquadrados todos os anos pelo TCU e Ministério público por não investirem o mínimo previsto na lei. Vale lembrar, quando as duas Coreias se separam, uma investiu em projetos bélicos e a outra em ensino, agora observe quem é a Coreia do Norte e a Coreia do Sul no cenário internacional.
Outra análise importante é em relação ao apontamento feito pelo Instituto Unibanco e pela organização Todos pela Educação, que mostra que 95% dos estados implantaram plataformas online de aprendizagem durante a pandemia, mas só 45% estão comprando pacotes de dados para dar acesso gratuito ao conteúdo. Logo é possível ver outra incoerência, pois os pais colocam os filhos na rede pública por não terem disponibilidade financeira.
Brasil é sempre visto como o país do futuro, contudo os reais investimentos na área precisam ser realizados de forma correta, a União transfere recursos para os Estados, porém não realiza investigação para ver se o dinheiro está sendo utilizado corretamente. Por enquanto vemos governantes desviando dinheiro em plena pandemia, o que dirá em na educação. A população precisa começar a se movimentar, para que a nação tire o rótulo do futuro e comece a dar uma realidade para as próximas gerações.