Valorização da saca em São Paulo e no Espírito Santo reflete expectativas positivas para produtores e exportadores
O mercado cafeeiro começa a semana em ritmo de valorização, trazendo otimismo para produtores e agentes do setor. Nesta segunda-feira (25/08), o café arábica registra alta de 2,15%, com a saca de 60 quilos negociada a R$ 2.228,39 na cidade de São Paulo, segundo dados do Cepea/Esalq.
O café robusta também segue em movimento de alta, acumulando valorização de 1,99%, com a saca comercializada a R$ 1.452,77. Essa elevação no preço do robusta, tradicionalmente mais consumido no mercado interno, amplia as perspectivas de ganhos para produtores do Espírito Santo e Rondônia, principais estados responsáveis pelo cultivo da variedade.
Fatores que influenciam a alta
Entre os elementos que têm sustentado a valorização do café, destacam-se a preocupação com as condições climáticas em importantes regiões produtoras do Brasil, além da influência da demanda internacional aquecida. O país é o maior exportador mundial da commodity, e qualquer variação na oferta nacional tem reflexos imediatos nas cotações globais.
Além disso, oscilações cambiais também pesam sobre o mercado, já que o dólar valorizado tende a tornar o café brasileiro mais competitivo no cenário internacional, favorecendo exportações e pressionando os preços no mercado interno.
Perspectivas para o setor
A alta simultânea do arábica e do robusta reforça expectativas de um cenário mais favorável para os próximos meses. Para produtores, o momento é de atenção redobrada às condições climáticas e ao comportamento das exportações, que podem definir a manutenção dessa tendência positiva.
Já para consumidores e torrefadores, o aumento nos preços pode representar ajustes no custo final do café, mas especialistas destacam que a estabilidade do mercado internacional será fundamental para evitar oscilações mais bruscas no varejo.
Com esse movimento, o Brasil segue no centro das atenções do mercado global, consolidando seu papel estratégico como o maior player da cadeia produtiva do café.