Por: Urbino Brito
Eunápolis (22/11) - O mercado de café tem registrado altas significativas em novembro, impulsionando os preços das sacas de 60 kg tanto do café arábica quanto do robusta. Esses aumentos refletem movimentos no cenário global, como questões climáticas e ajustes na oferta e demanda.
O café arábica, que no dia 1º de novembro era negociado a R$ 1.516,17, alcançou ontem o valor de R$ 1.907,17, conforme dados do CEPEA. Essa variação representa um crescimento de 25,78% em apenas três semanas. Já o café robusta, cotado a R$ 1.416,10 no início do mês, subiu para R$ 1.595,89, apresentando um aumento de 12,96% no mesmo período.
O que está impulsionando os preços?
Especialistas apontam fatores climáticos adversos nas regiões produtoras, como chuvas irregulares, além da recuperação do consumo global, especialmente em países europeus e asiáticos. A menor oferta de café arábica de qualidade no mercado também tem pressionado as cotações para cima. No caso do robusta, o aumento é atribuído à alta demanda por esse tipo de grão, especialmente no mercado interno brasileiro, onde é utilizado para misturas e produção de café solúvel.
Perspectivas para o futuro
As projeções indicam que os preços podem permanecer em alta no curto prazo, especialmente devido à proximidade da entressafra. O mercado está atento às condições climáticas e ao comportamento das exportações. A manutenção de estoques baixos nos principais países consumidores e a incerteza econômica global também são fatores que podem sustentar os preços elevados.
Por outro lado, caso as condições climáticas sejam favoráveis nos próximos meses e a produção do próximo ciclo seja robusta, é possível que os preços se estabilizem ou até recuem ligeiramente. Ainda assim, os produtores precisam se preparar para um mercado cada vez mais volátil, com estratégias para maximizar a rentabilidade.
O cenário segue desafiador e promissor, tanto para produtores quanto para o mercado.
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